Flamingo-Comum, coelhereiro, águia-pesqueira, alfaiate, maçarico-real ou tarambola-cinzenta são algumas das dez espécies de aves que podem ser observadas no sapal de Corroios. A informação consta de um painel junto ao novo Observatório de Aves cuja inauguração decorreu no dia 27 de setembro.
O equipamento foi promovido pelo Grupo Flamingo. «Inauguramos o observatório no Dia Mundial do Turismo porque acreditamos que o sapal de Corroios tem potencial para desenvolver o setor de observação de aves», diz Paulo Gomes, presidente da direção, «esperamos que esta seja a primeira de várias estruturas». «Há muitos sítios no estuário com classificação mais elevada onde não se observam tantas espécies.
O Seixal já é procurado pelos observadores de pássaros. Com esta estrutura damos resposta ao segmento, com um painel que nos ajuda a identificar as espécies aqui presentes», complementa. O observatório fica na via de acesso à Ponta dos Corvos e é a primeira infraestrutura do género construída em plástico reciclado na península de Setúbal. Pouco intrusiva na paisagem e com durabilidade estimada em 50 anos, o projeto tem assinatura do arquiteto David Seabra, do Estúdio DASS, e construção a cargo da Extruplás. O Grupo SIL patrocinou a estrutura que contou ainda com investimento do Grupo Flamingo.
«Temos de agradecer ao Grupo Flamingo esta teimosia, no bom sentido, de preservar os valores ecológicos e da biodiversidade», reconhece Eduardo Rosa., presidente da Junta de Freguesia de Corroios.
A construção foi possível com a colaboração da Câmara do Seixal, Junta de Corroios, Porto de Lisboa, Marinha Portuguesa, CCDRLVT e a Agência Portuguesa do Ambiente, entidades com tutela sobre o sapal de Corroios. Os pareceres positivos das entidades foram determinantes para que o projeto se materializasse.
«O observatório resulta de uma parceria com o objetivo de servir a população do concelho e valorizar o património ambiental», defende Joaquim Tavares, vereador do Ambiente, Energia e Serviços Urbanos da Câmara Municipal do Seixal. «Trata-se de uma estrutura construída por uma empresa do concelho, em material reciclado, completamente integrada na paisagem. Não temos dúvida do valor do Seixal para a atividade de observação de aves, assim como não temos dúvida do valor turístico de uma estrutura como esta», refere.