Utentes reivindicam melhores condições.
Para assinalar a reabertura do Centro de Saúde de Corroios e confirmar que as obras «de nada valeram para a resolução dos problemas existentes», a Comissão de Utentes da Saúde da Freguesia de Corroios, realizou, no dia 15, um encontro com a comunicação social.
«Vamos continuar a reclamar a construção de um novo Centro de Saúde», afirmou Domingas Gonçalves, da Comissão de Utentes, pois «tal como prevíamos estas obras pioraram a situação. Não são visíveis as melhorias decorrentes da obra uma vez que «as salas de espera são tão reduzidas, com 12 cadeiras, que as pessoas têm que vir para a rua esperar a sua vez».
«Foram obras de cosmética que não resolvem o problema dos utentes. É inadmissível que num centro de saúde que foi remodelado, não se tenha feito uma rampa de acesso conforme ditam as novas normas. Foi a Junta de Freguesia que teve que construir uma nas traseiras», referiu, Eduardo Rosa, presidente da autarquia.
A falta de médicos de família é um problema que persiste e que se agravou desde que três profissionais se reformaram. «Se anteriormente eram aqui atendidas cerca de 18 mil pessoas, neste momento são atendidas 38 mil utentes (13 500 com médico e 25 mil sem médico, já que três profissionais se reformaram). Isto é um caos. As pessoas vêm para aqui às 5 da manhã, sem garantia de conseguirem uma consulta. Todos os dias estão aqui, em média, 60 pessoas antes das portas abrirem», sublinhou Domingas Gonçalves.
À Junta de Freguesia «os utentes queixam-se do tempo de espera, de não terem médicos de família e também das questões de acessibilidade ao centro de saúde», disse Eduardo Rosa. «Defendemos a construção de um centro de saúde para Corroios, num terreno já cedido pela Câmara Municipal do Seixal. O Ministério da Saúde deve olhar para uma população de cerca de 70 mil habitantes e encontrar soluções».