Ana Moura é um nome incontornável na tão chamada nova geração de fadistas. É detentora de uma voz que se passeia pela tradição livremente, sem deixar de flirtar elegantemente com a música pop, alargando de uma forma muito pessoal o raio de ação da canção de Lisboa. Mas aquilo que a distingue é não apenas um timbre grave e sensual como há poucos – Ana Moura transforma instantaneamente em fado qualquer melodia a que encoste a sua voz.
Ana Moura nasceu no Ribatejo em 1979 com o gosto pelas cantorias. Os pais cantavam, toda a família materna cantava e qualquer motivo de reunião familiar terminava com um festejo sob a forma de música. Embora cantasse de tudo, Ana começava já a sentir que, por alguma razão, tinha um carinho especial pelo fado. Depois, veio a adolescência e deixou o fado adormecido. Despertou para outros tipos de música, mais condizentes com a idade e as amizades liceais.
Com 14 anos, muda-se para Carcavelos para estudar na então na Academia dos Amadores de Música. O destino leva-a a um bar em Carcavelos onde cede à tentação e canta um fado. Daí seguem-se as casas de fado. É nesses ambientes noturnos que se dá a verdadeira escola do seu canto.
A carreira de Ana Moura começa a ganhar um tamanho fôlego com convites para tocar fora do país. A internacionalização leva-a a atuar na mítica sala Carnegie Hall, em Nova Iorque e receber o convite dos Rolling Stones para contar com eles num dos seus concertos em Portugal. Também Prince não ficou indiferente à fadista e convidou-a para subir ao palco durante um concerto seu no Festival Super Bock Super Rock, no Meco.
Moura é o último trabalho da fadista que vai acumulando sucesso atrás de sucesso e que em agosto estará nas Festas de Corroios.