O discurso de Eduardo Rosa, presidente da Junta de Freguesia de Corroios, que falou em nome das freguesias do concelho, incidiu sobre a importância do trabalho de proximidade efetuado pelas juntas de freguesia, manifestando a oposição dos autarcas locais à criação da União de Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires.
«Estamos a festejar o aniversário do concelho com quatro juntas de freguesia, mas esperamos que, no quadro parlamentar, haja condições para alterar esta reforma administrativa, indo ao encontro das posições tomadas nas assembleias de freguesia, na assembleia municipal e nos congressos da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE)», afirmou Eduardo Rosa.
O autarca considera que «estamos hoje a sofrer o maior atentado desde o 25 de Abril de 1974», com medidas «impostas pelo governo» que têm levado «à pobreza das famílias, à destruição do tecido empresarial e a dificuldades nas instituições e autarquias».
As juntas de freguesia têm sido alvo de retirada de verbas, mas atribuição de mais competências que, segundo o governo, lhes darão mais autonomia. Eduardo Rosa afirmou que a autonomia das juntas de freguesia no concelho «tem vindo da descentralização de competências e verbas atribuídas pela Câmara Municipal do Seixal».
O presidente da Junta de Freguesia de Corroios lembrou ainda que «a maioria dos eleitos das assembleias de freguesia estão a título voluntário, ao serviço das populações, na defesa dos seus interesses e reivindicações». Destacou também «o papel preponderante» das juntas de freguesia «no apoio às escolas do 1.º ciclo com obras de reparação, ao movimento associativo, na manutenção de espaços verdes, na gestão dos cemitérios e mercados municipais e na reparação de calçadas, entre muitas outras áreas».
Eduardo Rosa afirmou que é preciso lutar por manter «a política de proximidade que sempre caracterizou as juntas de freguesia do concelho».