O Moinho de Maré de Corroios é datado de 1403 e foi mandado edificar por D. Nuno Álvares Pereira. Está classificado de Imóvel de Interesse Público, em conjunto com outros moinhos de maré localizados no concelho do Seixal (Decreto n.º 29/84, de 25 de junho).
Não sendo o Moinho mais antigo do Estuário do Tejo, pois já existiam na época alguns exemplares no Montijo e em Alcântara, foi contudo o primeiro a ser construído na região do Seixal. Ali eram produzidas farinhas mas também o descasque de arroz. Em meados do século XX era das quintas da região que provinham os mais diversificados cereais a farinar no Moinho. Chegam por terra mas muitas vezes pelas águas do esteiro, transportado por varinos que acostavam lateralmente ao edifício. Nos anos setenta, o Moinho de Maré de Corroios foi cada vez mais perdendo atividade.
A 2 de novembro de 1979, a Câmara Municipal do Seixal deliberou adquirir o imóvel, tendo como objetivo a sua restauração e conservação. Em 1980, o moinho passaria a ser efetivamente património municipal, e o seu antigo moleiro seria contratado para estar ao serviço da autarquia e ajudar na recuperação do mesmo.
Em 25 de junho de 1984 passa a ser classificado como imóvel de interesse público. A 6 de novembro de 1986, a após ser submetido a importantes obra de beneficiação, o moinho abre finalmente ao púbico como núcleo do Ecomuseu Municipal do Seixal.
Em 1986, após a realização de obras de recuperação do imóvel e da sua envolvente, o Moinho de Maré de Corroios abriu ao público como um dos núcleos museológicos que integram o Ecomuseu Municipal do Seixal. Desde então o moinho de Maré de Corroios não mais deixou de cumprir a sua função pedagógica e didática para um público em geral , mas para as escolas muito em particular, recebendo ao longo destes anos largas dezenas de milhares de visitantes.
Por motivo de conservação e requalificação, esteve novamente encerrado ao público tendo reaberto em setembro de 2009, após um processo de qualificação com um investimento de mais de 2 milhões de euros. Este moinho convida-nos a descobrir um património raro, que se encontra em simbiose com o sapal de Corroios, espaço natural protegido, que constitui a mais importante zona húmida existente no concelho.